Sexta-feira, 10/02/2006 : Cochabamba x La Paz x Achacachi 491 Km Hora de partida : 15:00 h Quilometragem percorrida : La Paz = 391 Km Achacachi = 100 Km (total 491 Km) Hora de chegada : 03:00 h Local de chegada : Achacachi Abastecimentos : 1. Cochabamba (15 l) – 2. Lahuachaca (prov. Aroma) ( 37 l) – 3. El Alto (La paz) (31 l) |
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Após dormirmos muito bem, visto que a temperatura estava bastante agradável (+- 10° c) acordamos com um dia nublado e chuvoso, o que nos impediu de ver uma das mais famosas atrações de Cochabamba, o “Cristo de la Concordia”, situado no cerro San Pedro, que é uma monumental escultura do artista César Terrazas Pardo, que quis perenizar em sua obra o gesto de um Cristo protetor. A imagem tem 34,20 metros de altura e somando-se a dimensión de pedestal, alcança 40.44 metros. Seu peso supera duas toneladas. Desde o cerro de San Pedro, se pode ter uma imagen grandiosa do vale de Cochabamba. Descobrimos, também, que o hostal era de um casal cuja mulher era brasileira e o senhor era boliviano mas tinha estudado no nordeste do Brasil. Imediatamente fizemos amizade e a mulher vendo que o dia seria chuvoso, recomendou que fossemos a famosa “La Cancha” que é um grande mercado colorido e agitado onde se pode conseguir de tudo, desde vistosos artesanatos, até modernos equipamentos eletrônicos. Sentimo-nos em Caxias, visto que para tudo se tinha que negociar e pedir desconto, o que torna uma simples compra um completo ritual, onde o vendedor invariavelmente faz cenas com o objetivo de transmitir a impressão que está sendo explorado pelo comprador. Claro que nem um dos negociantes do grande camelódromo sabia que estava lidando com uma família de bons descendentes de italianos e pior ainda, de Caxias do Sul. Este fato fez com que de ambas as partes houvesse das mais variadas técnicas de regateio com direito a cenas ilariantes. Não estávamos, no entanto preparados para um vendedora nata, e sua técnica simplesmente impressionante, que contraria tudo que um bom caxiense sempre aprendeu, pois não fazia cenas e nem se fazia de ofendida, pelo contrário falava calmamente e em tom baixo, sempre sorridente. Resultado ficamos sem referência e acabamos comprando quase tudo que havia na sua banca, |
Almoçamos em Cochabamba o “almuerzo” típico (+- R$ 2,00 por pessoa) e em seguida pusemo-nos em marcha com destino a La Paz ou quem sabe Copacabana, já que não sei porque cargas dágua, eu não estava muito motivado para entrar em La Paz. |
Saímos de Cochabamba já pela tarde imaginando que dormiríamos em La paz ou quem sabe já em Copacabana. Não contávamos com um bloqueio na cidade de SicaSica, onde a população trancou o tráfego na rodovia que passa por esta cidade, exigindo a renuncia do “alcalde” (prefeito) da cidade, -o que ficamos sabendo na volta, conseguiram- pois segundo a população ela havia desviado alguma coisa como Us$ 170.000. Após algumas horas de espera, o que óbviamente atrasou nosso roteiro, seguimos viagem, fazendo com que perdessemos a última balsa que cruza o canal que liga os lagos Titicaca e Humaimarca, e que parte de Tiquina para quem vai à Copacabana.
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Tiquina é alguma coisa assim como uma encruzilhada boliviana, em meio ao Titicaca de um lado a parte, digamos, continental que leva até La Paz e de outro, a península de Copacabana que nao tem ligacao por terra com o país, apenas com o Peru. De qualquer modo, Tiquina é por onde todo boliviano deve passar se quer chegar mesmo ao lago navegável mais alto do mundo. Sem possibilidade de cruzar o estreito em direção à Copacabana e sem querer dar o braço a trorcer, me neguei terminantemente à voltar à La Paz e decidi ditatorialmente que dormiríamos em na cidade de “Achacachi” que passamos a chamar de “a cidade do penico”, visto que dormimos em um hotel que não tinha banheiro nos quartos, mas que em compensação tinha todo o conforto de penicos a vontade nos quartos.
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