Tahuantinsuyo Expedition 2006

Caxias do Sul - Bolívia – Peru (sudeste) - 8° dia

Sexta-feira, 10/02/2006 : Cochabamba x La Paz x Achacachi 491 Km

Hora de partida : 15:00 h

Quilometragem percorrida : La Paz = 391 Km Achacachi = 100 Km (total 491 Km)

Hora de chegada : 03:00 h

Local de chegada : Achacachi

Abastecimentos : 1. Cochabamba (15 l) – 2. Lahuachaca (prov. Aroma) ( 37 l) – 3. El Alto (La paz) (31 l)



Após dormirmos muito bem, visto que a temperatura estava bastante agradável (+- 10° c) acordamos com um dia nublado e chuvoso, o que nos impediu de ver uma das mais famosas atrações de Cochabamba, o “Cristo de la Concordia”, situado no cerro San Pedro, que é uma monumental escultura do artista César Terrazas Pardo, que quis perenizar em sua obra o gesto de um Cristo protetor. A imagem tem 34,20 metros de altura e somando-se a dimensión de pedestal, alcança 40.44 metros. Seu peso supera duas toneladas.

Desde o cerro de San Pedro, se pode ter uma imagen grandiosa do vale de Cochabamba.

Descobrimos, também, que o hostal era de um casal cuja mulher era brasileira e o senhor era boliviano mas tinha estudado no nordeste do Brasil. Imediatamente fizemos amizade e a mulher vendo que o dia seria chuvoso, recomendou que fossemos a famosa “La Canchaque é um grande mercado colorido e agitado onde se pode conseguir de tudo, desde vistosos artesanatos, até modernos equipamentos eletrônicos. Sentimo-nos em Caxias, visto que para tudo se tinha que negociar e pedir desconto, o que torna uma simples compra um completo ritual, onde o vendedor invariavelmente faz cenas com o objetivo de transmitir a impressão que está sendo explorado pelo comprador. Claro que nem um dos negociantes do grande camelódromo sabia que estava lidando com uma família de bons descendentes de italianos e pior ainda, de Caxias do Sul. Este fato fez com que de ambas as partes houvesse das mais variadas técnicas de regateio com direito a cenas ilariantes. Não estávamos, no entanto preparados para um vendedora nata, e sua técnica simplesmente impressionante, que contraria tudo que um bom caxiense sempre aprendeu, pois não fazia cenas e nem se fazia de ofendida, pelo contrário falava calmamente e em tom baixo, sempre sorridente. Resultado ficamos sem referência e acabamos comprando quase tudo que havia na sua banca,


A grande vendedora que conhecemos em Cochabamba.

Almoçamos em Cochabamba o “almuerzo” típico (+- R$ 2,00 por pessoa) e em seguida pusemo-nos em marcha com destino a La Paz ou quem sabe Copacabana, já que não sei porque cargas dágua, eu não estava muito motivado para entrar em La Paz.

Saímos de Cochabamba já pela tarde imaginando que dormiríamos em La paz ou quem sabe já em Copacabana. Não contávamos com um bloqueio na cidade de SicaSica, onde a população trancou o tráfego na rodovia que passa por esta cidade, exigindo a renuncia do “alcalde” (prefeito) da cidade, -o que ficamos sabendo na volta, conseguiram- pois segundo a população ela havia desviado alguma coisa como Us$ 170.000. Após algumas horas de espera, o que óbviamente atrasou nosso roteiro, seguimos viagem, fazendo com que perdessemos a última balsa que cruza o canal que liga os lagos Titicaca e Humaimarca, e que parte de Tiquina para quem vai à Copacabana.










Tiquina é alguma coisa assim como uma encruzilhada boliviana, em meio ao Titicaca de um lado a parte, digamos, continental que leva até La Paz e de outro, a península de Copacabana que nao tem ligacao por terra com o país, apenas com o Peru. De qualquer modo, Tiquina é por onde todo boliviano deve passar se quer chegar mesmo ao lago navegável mais alto do mundo.

Sem possibilidade de cruzar o estreito em direção à Copacabana e sem querer dar o braço a trorcer, me neguei terminantemente à voltar à La Paz e decidi ditatorialmente que dormiríamos em na cidade de “Achacachi” que passamos a chamar de “a cidade do penico”, visto que dormimos em um hotel que não tinha banheiro nos quartos, mas que em compensação tinha todo o conforto de penicos a vontade nos quartos.


Ao fundo “Tiquina”.