Tahuantinsuyo Expedition 2006

Caxias do Sul - Bolívia – Peru (sudeste) - 9° dia

Sábado, 11/02/2006 : Achacachi x Copacabana 102 Km

Hora de partida : 09:00 h

Quilometragem percorrida : 102 Km

Hora de chegada : 11:30h

Local de chegada : Copacabana

Abastecimentos : Achacachi (20 l)



Acordamos cedo no sábado, após passarmos à noite no “hotel do penico”. Primeira ação, procurar algum lugar para tomar o café da manhã, que descobrimos havia multiplas possibilidades de escolha nos inúmeros bares??? que proliferavan-se nas ruas da cidade, sem lá muita higiene. Optamos por não adotar naquele momento a dieta nativa de desjejum, e tomamos cada um uma xícara de café preto e um pão puro, bastava, já que era somente para enganar o estômago. Após o “desayuno” ou “yaku quñiem quechua, pusemo-nos a caminhar pelas poucas ruas da cidade onde o comercio ambulante dominava a paisagem, vendendo desde eletrônicos até o ligítimo queijo de vaca ou como chama os nativos que falam muito mal o espanhol, “kilsu de uaca”, com “U” mesmo. Após conhecermos a cidade, iniciamos um percurso de tirar o fôlego de qualquer um, não pela altitude que ali beirava aos 3.900m, mas sim pela beleza da paisagem que circunda o lago Humaimarca (vizinho ao lago titicaca), é impressionante as belas paisagens que se formam em todo o trajeto, até Copacabana.















Chegamos a Copacabana por volta das 12:00h. Estacionamos em frente ao primeiro hotel que vimos onde casualmente estavam hospedados dois rapazes brasileiros (um do Espirito Santo e outro do Paraná), que estavam fazendo um giro pelos países da América do Sul. Muito agradáveis, imediatamento começamos a trocar informações e acabamos indo almoçar juntos, em um restaurante do outro lado da rua, onde comi uma maravilhosa “trucha al patron”. Durante o almoço, um outro casal de brasileiros sentou-se à mesa ao lado da nossa. Este casal, também com uma bandeirante (o que prova que loucos existem em todo o mundo) mais um casal em um land rover compunham a equipe “Viajeros Jubilados” (ou viajantes aposentados) e estavam fazendo a “expedição off road ruta ecuatoriana 2006“, um roteiro que passava pelo Equador e mais alguns países da América do Sul. Como pretendíamos visitar a “Isla del Sol” e o barco estava prestes a sair, Nemo, o amigo carioca nos indicou o hotel “Los Andes”, que era um hotel agradável e barato (B$. 30,00 p/pessoas, com café da manhã (+- R$ 8,31 ou Us$ 3,72), onde sua turma estava hospedado. Almoçamos rapidamente, o que não deu o exato sabor da “trucha al patron”, e partimos para o porto, onde tomaríamos o barco para la “Isla del Sol”. Após aproximadamente uma hora de barco, chegamos à tão esperada ilha.











Isla del Sol (“Titicachi”)

Esta ilha representa um dos grandes monumentos naturais e culturais do mundo. No momento da conquista espanhola, um dos sitios religiosos mais importantes do império Inca estava situado na “Isla del Sol”. A evidencia arqueológica sugere que o santuário seja tão antigo quanto o império de Tiahuanacu. Os habitantes nativos conheciam a ilha como “Titicachi”, de onde o lago Titicaca toma seu nome. Hoje em día, a ilha se divide en tres comunidades distintas: Yumani, ao sul, Ch'alla, que tem uma encantadora praia arenosa na costa leste central, e Challapampa, próximo ao extremo norte da ilha. Se pode ver milhares de terraços agrícolas que cobrem a ilha. A beleza ecológica única da ilha se torna difícil descriver. Para aproveitar completamente a natureza da “Isla del Sol”, é ideal fazer-se uma caminhada de norte a sul, que leva aproximadamente 3 horas.

Jaz um templo pré-Colombiano no fundo do Titicaca ?


Por David Mercado


ISLA DEL SOL, Bolivia, 8 de setembro de 2000 (Reuters) - Cada amanhecer de inverno, quando baixam as águas, uma coluna de pedra emerge do frío lago Titicaca: Os indígenas do lugar creem ser somente uma caprichosa formação rochosa, porém acabam de surgir fortes indicios de que se trataría dos restos de um enorme templo sumerso há mais ou menos 1.000 anos.


A grande coluna, a uns 200 metros da “Isla del Sol”, aparece somente uns 20 centímetros, O suficiente para que mergulhadores de varias nacionalidades sigam seu rastro até uns 20 metros de profundidade.


No lago navegével mais alto do mundo, a quase 4.000 metros de altitude e 180 quilômetros ap noroeste de La Paz, a expedição científica "Atahuallpa 2000" encontrou surpreendentes vestigios do que uma antíga lenda dos andes indicava como origem do imperio Inca.


Dizia essa lenda que Manco Kapac y Mama Ockllo, Os primeros Incas, partiram da “Isla del Sol” para fundar en Cusco, hoje no Perú, o grande império sul americano que os espanhóis dominaram no século XVI.


A origem desses primeros incas nunca deixou de ser apenas uma pequena história nos textos de historia das escolas bolivianas, sem conexão com evidências arqueológicas contundentes, aparte de algumas ruinas que a maioría dos investigadores atribui à culturas muito anteriores a dos incas.


No entanto, os exploradores da organização internacional não governamental AKAKOR GEOGRAPHICAL EXPLORING creem haver encontrado suficiente evidência para sustentar a hipótese de que sob as águas do Titicaca estão os misterios de um grande templo pré-colombino, talvés pré-incaico.


Esses cientístas, encabeçados pelo italiano Lorenzo Epis, chegaram à “Isla del Sol” em agosto, em pleno inverno austral, e durante tres semanas mergulharam e realizaram diversas investigações, antes de anunciar seu descobrimento.


Epis disse, ao comunicar em La Paz o fim da expedição "Atahuallpa 2000" em 22 de agosto, que havía recolhido diversas provas de que no sitio escolhido do Titicaca estavam os restos de um templo de aproximadamente 200 metros de comprimento por 50 de largura, mais um terraço de cultivos, um caminho e um muro de contenção de 800 metros de comprimento.


Segundo o expert, o templo não afundou e sim ocorreu algo mais simples, aínda que inexplicável: as águas do Titicaca subiram até seu nível atual.


O descobrimento "permite supor que o nível das águas era sensivelmente inferior ao atual", que é em média de 3.812 metros de altitude, indicou Epis.


"Isto não tem nada de fantasioso, aparte do fato de que podem ser descobertos alguns misterios do lago Titicaca", disse Soraya Ayub, vice-presidenta de Akakor, em um informe escrito entregue esta semana a Reuters.


Acrescentou que os ossos de camelídios recolhidos pela expedição poderiam ser restos de sacrificios e datam da era da civilização altiplânica de Tiahuanacu, ao redor do ano 1.000 dC.


"Estes ossos eram enterrados em sacrificios religiosos, isto significa que o lago Titicaca era pelo menos 20 metros mais baixo do que é atualmente", destacou Ayub, transformada por sua participação no "Atahuallpa 2000" na primeira mulher que se conhece ter mergulhado no Titicaca.


Os lugarenhos, porém, parecem céticos. Juan Carlos Callisaya, jovem capitão de uma pequena lancha com motor de pôpa que ganha a vida transportando turistas, respondeu que os aymaras do Titicaca não se preocupam com a origem das rochas alinhadas que aparecem nas madrugadas de inverno.


Simplemente as evitam, "sobre tudo à noite, quando é impossível distinguí-las e somente se as sentem quando a embarcação nelas bate", explicou enquanto contornava ao meio dia a parte mais elevada do suposto muro pétreo, visível a menos de meio metro de profundidade.


Callisaya, de 24 anos e com 16 de experiencia no mando de uma lancha lacustre, acrescentou que para os balseiros do Titicaca o descobrimento do suposto templo submerso será boa noticia somente se atrair mais turistas.


Mais ou menos o mesmo disse que espera Faustino Ticona, recém iniciado aos 43 anos como sacerdote o "kallawaya" que oficia ceremonias nas quais os turistas, entre incenso e alcool, buscam a fortuna que lhes daría o deus Sol e a mãe Terra "Pachamama".


"Agosto é o mês dedicado às oferendas, há muito trabalho", informou.


Agosto é também o mês de maior afluência de turistas europeus ao Titicaca, o "lago sagrado" que na última década converteu-se na principal atração boliviana, como complemento dos monumentos arqueológicos do Perú o ponto de partida de fascinantes expedições de aventura pelas montanhas e a Amazonia.


A “Isla del Sol”, a “Isla de la Luna” e a península de Copacabana, sede do renomado santuário da Virgen María, formam o triángulo de maior interesse dos turistas no lado boliviano do Titicaca, de 8.400 kilómetros quadrados, dos quais aproximadamente dois terços correspondem ao Perú.


Não se conhecem planos do governo boliviano para aproveitar turísticamente as supostas ruinas do templo submerso, enquanto se espera que Akakor apresente em novembro um primeiro informe sistematizado dos resultados de sua expedição.


O turismo deu à Bolivia em 1999 ingressos de 200 milhões de dólares, montante que se triplicaría en um prazo de cinco anos, segundo planos oficiais.

REUTERS CAQ JCV/

















Voltando do passeio à Ilha do Sol, percorremos algumas ruas da cidade e fomos em busca do hotel Los Andes, ondes estava hospedado nosso já amigo Nemo. Grata surpresa ao vermos que o hotel era efetivamente bastante limpo e confortável e principalmente barato. Claro que teve que haver interferência de nosso amigo Nemo, visto que o recepcionista já queria cobrar 50 bolivianos por pessoa e não os 30 que Nemo estava pagando. Tudo acertado dirigímo-nos aos quartos onde tomamos um belo e reconfortante banho para depois sair e transferir para CD as fotos das duas máquinas fotográficas que até o momento já haviam tirado mais de 900 fotos e não tínhamos mais cartões livres. Feito a transferência a qual fizemos quatro cópias de segurança, fizemos um rápido lanche e eu e a Helena fomos durmir enquanto o Lucas e a Lara foram passear e conhecer a cidade, com os vários amigos brasileiros e estrangeiros que conheceram durante o passeio à Ilha do Sol.