Chile – Deserto do Atacama 2001


1º dia : Caxias do Sul Concórdia (RA) = 954 km

Saída de Caxias do Sul, às 05:00 horas de um dia chuvoso e com muita neblina, o que fez com que tivéssemos uma velocidade média bem abaixo da prevista, até por volta do meio-dia. A segunda constatação do dia foi a de que um jeep bandeirante curto, com bagageiro lotado, jumelos bem maiores do que os originais, e principalmente pneus 35 não é a melhor coisa para se manter na estrada, prova disso é que a minha bandeirante com pneus 31 andava com desenvoltura enquanto o Edu sofria para manter a sua com pneus 35 na estrada.



Com já estava previsto, demora na aduana para fazer os papeis de ingresso na Argentina. Nem um problema com os gendarmes argentinos, porém, pela grande quantidade de pessoas entrando e principalmente saindo da Argentina para „vacaciones en Brasil“ tudo se tornava mais demorado. Após tudo liberado, ambarcamos em nossas valorosas bandeirantes e partimos porém, como tudo até aqui estava indo bem, somente para contrariar, estourou uma mangueira nova do ar condicionado da minha bandeirante, fazendo com que eu e minha família enfrentássemos um calor infernal, sem o rico ar condicionado, mesmo assim optamos por não parar para substituir a mangueira, o que tomaria muito tempo.

Após entrarmos na Argentina onde a velocidade máxima para automóveis é de 100km/h, percebemos novamente o problema dos pneus, pois com minha bandeirante andava tranqüilamente respeitando a velocidade máxima do país (100km/h), enquanto o Edu pelo rádio pedia para diminuirmos a velocidade, pois tinha problemas para manter a sua na excelente estrada pela qual rodávamos no momento.

Como resultado desta nossa imprevisão, acabamos dormindo em Concórdia (RA), onde chegamos por volta das 21:00h, à exatos 954 km de Caxias do Sul, quando nossa previsão era de dormir em Paraná ou Santa Fé (RA) à aproximadamente 1.200 km de nossa cidade. Na cidade de Concórdia, nos estabelecemos no Residencial Concórdia (La Rioja 518 Tel: 421-6869), o único (de valor aceitável), que tinha estacionamento coberto que cabia nossas bandeirantes.

Após nos estabelecermos no hotel, fomos „cenar“ em um restaurante próximo ao hotel, onde comemos excelentes pratos da espetacular carne argentina.


2º dia: Concórdia (RA) Mercedes (RA) = 820 km

Pelos motivos já expostos, acabamos por percorrer 820 km, chegando à noite na cidade de Mercedes, onde passamos a noite em alguma coisa que um dia já foi hotel, porém era também o único que tinha garagem onde podíamos entrar com nossas bandeirante. Para quem não está entendendo o porque de garagens onde podíamos entrar com nossas bandeirantes, mesmo correndo o risco de parecer piada, mas no pedágio de Santa Fé, tive que fazer um escândalo e trancar o trânsito, até que viesse o supervisor do pedágio e explicasse para a simpática funcionária, que ela não devia nos cobrar a taxa do pedágio por altura dos veículos, visto que mesmo sendo altas, nossas land cruisers não eram ônibus e sim jeeps.







3º dia: Mercedes (RA) Uspallata (RA) = 450 km

Após ter passado pela maravilhosa Mendoza, tomamos a direção de Uspallata, via termas de Villa Vicencio, estrada de terra em péssimo -ou nenhum- estado de conservação o que foi bom para quebrar um pouco a monotonia do asfalto que até então tínhamos enfrentado com veículos que nasceram para enfrentar situações pesadas mas que até o momento pareciam jeeps de apartamento. Chegamos onde deveríamos ter chegado no segundo dia: Uspallata. Ali nos estabelecemos em um conjunto de cabanas, onde passamos duas noites. Como chegamos cedo, fomos ao supermercado, onde fizemos um rancho digno de patrão, para fazermos um belo churrasco gaúcho-brasileiro regado à vinho nativo (levamos espetos, sim senhor).

4º dia: Uspallata (RA) Paso internacional - Uspallata (RA) = 180 km

Saímos em direção ao passo internacional, obviamente sem intenção de cruzá-lo, visto que nosso roteiro previa somente uma visita às belezas do trajeto até a fronteira. Desta forma, adentramos à trilha de onde se pode avistar o Aconcágua, visitamos Puente del Inca, todos menos eu (tenho medo de altura) andaram de teleférico em Villa Los Penitentes, subindo até a metade do pico onde no inverno se esquia. Tínhamos previsto subir até o passo antigo que fica à 1.000m acima do passo atual e de onde se pode ver a estrada atual, no entanto, tivemos azar, já que no pórtico de entrada estava estacionado um unimog do exército argentino, e alguns soldados com cara de pouco amigos, que apesar de nossa insistência, não permitiram seguir adiante, visto que o caminho, em determinados trechos, que depois pudemos ver, estava fechado com neve que não obstante ser verão, não havia derretido,






tido, o que impedia a passagem de veículos. Aproveitamos o tempo então para descermos até as margens do rio de degelo que acompanha a estrada, onde curtimos a beleza da paisagem e uma água obviamente extremamente gelada. Exploramos ainda o famoso túnel fechado por desmoronamento ao lado de uma ponte posteriormente construída.

Regressamos à Uspallata, por volta das 16:00h onde aproveitamos para dar uma olhada no óleo de caixa, diferencias e motor das bandeirantes e também fazer uma lubrificação. Neste momento, constatamos a ausência de uma engraxadeira na bandeirante do Edu, pelo que o rapaz do posto gentilmente indicou ao Edu onde poderia comprá-la. Uma hora depois, saí em busca do Edu, que imaginava eu tinha sido seqüestrado, posto que Uspallata tem no máximo 10 ruas e o meu companheiro não poderia ter se perdido.


Após caminhar uma quadra em direção à loja de repuestos, vejo o Edu em uma rua transversal, momento em que o chamei. Ao se aproximar, perguntei-lhe o que havia acontecido que não havia voltado ainda? Ao que respondeu-me o cara do posto me disse para pegar a direita. Foi o que eu fiz, andei por quase todas às ruas à direita e não encontrei nenhuma casa de auto-peças. Quase me engasguei de rir, visto que o rapaz do posto havia dito ao Edu que para chegar à loja, teria que ir directo (direto, em direção reta para onde apontava), ao que o Edu entendeu a la derecha (direita).







5º dia: Uspallata (RA) Las Flores (RA) = 295 km

Saímos em direção à Las Flores (295 km ao norte de Uspallata e a 178 Km. ao noroeste da cidade de San Juan), por aquilo que um dia seguramente foi uma estrada, visto que ainda é possível ver pedaços de asfalto. Atualmente já não há mais nada de asfalto e o próprio trajeto da estrada transformou-se e trilhas onde pode-se somente divisar as marcas dos veículos que por ali eventualmente trafegam, o que para nós foi uma grata surpresa já que a aventura seria mais agradável. Maravilha! Para quem duvida que nossa América do Sul é um paraíso, faça um dia este trajeto. Deus seguramente gastou mais tempo que o normal na confecção deste trecho. Ao longo do caminho, a combinação do ângulo da luz solar e a variação de tipos de minérios existentes na cordilheira, cria imagens que vistas em uma foto, tem-se certeza serem obra de pintores famosos como o eterno Van Gogh.



Como tudo que Deus faz o Homem desfaz, tivemos também o desprazer de ver várias minas que apesar de ser uma fonte de riqueza para nosso hermanos, destroem todo o equilíbrio da natureza e deixam a feridas abertas quando são abandonadas por não serem mais produtivas. Imagem verdadeiramente triste e desoladora.

Como o trajeto na verdade não tinha estrada, tivemos a primeira baixa antes de chegar em Las Flores (destino final do dia), um rasgo em um pneu da bandeirante do Edu fez com que tirássemos o borracheiro da cidade de sua siesta, para descobrir-mos que o estrago era irrecuperável, não sendo possível nem vulcanização que obviamente mesmo que possível não teria nesta cidade-. Seguimos então até Las Flores, onde conseguimos botar um manchão e uma câmara para usar este pneu como estepe. Apesar da insistência do chefe do posto da guarda nacional argentina, para que armássemos nossas barracas na praça da cidade (o que parece ser um procedimento bastante comum por ali), optamos por nos acomodar no Camping Villa Los Perales (acesso pela ruta Provincial N° 436, Serviços: sanitarios com água quente e fría, assadores, luz eléctrica. Também tem cabanas. Tarifa: $ 6,00 por vehículo; $4,00 por barraca e + $4,00 por pessoa maior de 4 anos; por día. Informações e reservas: (0264) 4214191), dirigido e de propriedade de um senhor que abandonou suas atividades e dedicou-se a este negócio, que na sua concepção também é um lazer.

À noite fizemos um belo churrasco tendo como sobremesa, as frutas do pomar do camping.


6º dia: Las Flores (RA) La Serena (CL) = 325 km

A tão esperada travessia doa andes pelo passo de Agua Negra. Ao amanhecer, desarmamos o acampamento, tomamos um café reforçado e nos dirigimos à aduana argentina para fazermos a documentação necessária para cruzar a fronteira em direção ao Chile, por Agua negra, onde se chega aos 5.000 metros de altitude. Após enfrentarmos o mal humor de um gendarme, sem reclamarmos, preenchemos toda a papelada e botamos o pé na estrada. De Las Flores, segue-se em direção ao oeste por 197Km até a fronteira pela ruta 150, a estrada mais bonita de toda a viagem. Uma estradinha de rípio muito estreita com curvas em cotovelo na subida no coração da Cordilheira dos Andes, com as montanhas coloridas por todos os lados. Sobe-se pelas beiradas da montanhas coloridas como se fosse em prateleiras, um zigue-zague. Já no alto, à aproximadamente 4.500 m de altitude, começam a aparecer os glaciares (gelos milenares que nunca se dissolvem). Chega-se então à incrível altitude de 5.200 metros após o que se começa a descer serpenteando a cordilheira passando pela fronteira (paso del água negra) que está situada a 4.776 m de altitude. A partir daí pode-se admirar paisagens também maravilhosas, como o Embalse La Laguna, um lago de águas azuis e limpas. segue-se então até o litoral chileno na cidade de La Serena, por onde se entra na Panamericana novamente







Na aduana Chilena em Juntas del Toro, tive que trocar um pneus de minha bandeirante, que furou pouco antes de chegarmos à aduana, onde os veículos foram totalmente revistados incluindo a utilização de cães farejadores. Tivemos um problema muito sério e que não conseguimos resolver, que foi a “macela” que minha esposa tinha levado para fazer aquele cházinho quando o estômago reclamasse. Pois os carabineros da aduana fizeram com que botassemos fora aquele remédio milagroso e não teve quem os convencesse de que era somente um chá para males estomacais.

O rípio vai até a cidade de Guanta onde consertamos o pneu furado em uma “gomeria” atendida pelo pai e umas cinco filhas. É nesta cidade que a paisagem começa a ficar mais aberta e surgem as grandes plantações de uva pelo caminho. Uvas a US$ 1,00 o quilo daquelas sem caroço...(e também sem gosto) vale a pena parar na estrada e aproveitar um pouco das frutas chilenas.


Um pouco ( uns 50 Km ) mais adiante de Guanta, e já pelo asfalto, está a cidade de Vicunha. Aqui fica a fábrica de pisco Campel, o melhor pisco chileno. Pisco é a cachaça deles, a bebida típica chilena feita a base de uva. Muitas destas plantações de uva pelo caminho são para fazer pisco.

À leste de La Serena. O vale do rio Elqui, é um dos lugares que mais chamam a atenção do país. Não tanto por suas belezas cênicas, e sim por estar relacionada com fenômenos extraterrestres e esotéricos. Ademais, e graças às condições climáticas, aqui se produzem os melhores piscos e é o cenário adequado para a investigação astronômica. Pela margem do rio Elqui sobe o caminho que vai serpenteando pelo sopé dos cerros e abaixo se descobre o vale plano, intensamente cultivado, que contrasta com a cor desértica dos cerros. O ar é seco e diáfano, e o céu, de azul resplandecente, perfila nitidamente os cerros rochosos. São 40 quilômetros de ida e volta vale adentro por um caminho ripiado.






7º dia: La Serena (CL)

Depois de percorrer 325Km desde Las Flores, chega-se a La Serena, uma cidade de veraneio super badalada (lembra muito a nossa Camboriú só que não tão poluída) no litoral chileno. Uma praia típica do Pacífico, larga, comprida e com um vento meio gelado. Muita gente nas avenidas de La Serena.

8º dia: La Serena (CL) – Bahia Inglesa = 407 km

Saímos de La Serena em direção ao norte com o objetivo de chegarmos a Bahia Inglesa. Em Copiapó faltou combustível na minha bandeirante, já que tínhamos abastecido ao chegar em La Serena e rodamos dentro da cidade somente com ela, para fazer compras e passeios e eu não a abasteci novamente. Quando estávamos chegando em Copiapó, no alto da estrada de onde se vê toda a cidade que parece estar dentro de uma bacia, faltou diesel. Sem maiores problemas, deixei a bandeirante correr morro abaixo por alguns quilômetros, indo parar na frente da bomba de combustível de um porto que providencialmente estava no final da descida.






Bahia Inglesa, o paraíso das bandeirantes, digo, Land Cruisers. No trajeto entre La Serena e Bahia Inglesa, aumentou a freqüencia de uma cena que nos parecia de ficção, cruzávamos a todo o instante com toyotas bandeirantes (land cruisers), e o impressionante era a quantidade delas. Sem entender o que acontecia, continuamos nosso roteiro até Bahia Inglesa, onde chegamos ao anoitecer e acampamos no camping Bahia Inglesa.

Como chegamos tarde, somente foi possível fazer um jantar rápido acompanhado do famoso pão amassado, do qual o Edu não podia mais nem ouvir falar, não porque não fosse bom, mas pelos vendedores que nos horários mais estranhos passavam oferecendo o famoso pão, gritando sempre o mesmo refrão: pan amasado, que rico pan amasado.

9º dia: Bahia Inglesa. Após dormirmos uma noite reconfortante, acordamos e para nosso espanto, mais bandeirantes por toda a parte. Percorremos então o camping e vimos que de fato, a quantidade delas era enorme, mas para nosso espanto, ao olhar para uma grande área cercada ao lado do camping, percebemos que havia muito mais delas do que imaginávamos. Fomos até o local para, agora sim, tentar descobrir o que acontecia. Quando entramso na área, fomos de pronto recebidos por um senhor que nos disse em alto e bom son, que pasó? El RAID se termina hoy, como llegaran solo nel final ?





Descobrimos então, que aquele era o último dia do famoso RAID do Atacama, que dura três dias e que os veículos vedetes, na ordem de preferência dos competidores são:

1º Toyota Land Cruiser (A nossa Bandeirante, com pequenas diferenças e um motor toyota seis cilindros à gasolina);

2º Suzuki Samurai;

3º E ultimamente, com modificações na suspensão, a toyota Hilux.

Segundo a imprensa especializada deles, o resto não da nem para o cheiro.

Dormimos mais uma noite em Bahia Inglesa, e pudemos desfrutar, por incrível que pareça, de um banho de mar com a temperatura da água tolerável, o que não é tão comum assim em se tratando do oceâno pacífico.

10º Bahia Inglesa x Antofagasta = 494 km. Seguindo adiante, fomos até o Parque Nacional Pan de Azúcar, que está á 194 km ao norte de Copiapó e a 30 km ao norte de Chañaral. Ocupa uma área de 43.769 ha, dos quais 21% se encontram na região de Antofagasta. Uma das partes mais atrativas são os cerros frente as caleta, onde se protege uma vegetação única, semi-desértica, alimentada somente pela umidade da camanchaca (névoa marinha). Destacam-se umas 20 variedades de cetáceas e plantas do deserto costeiro, que alimentam uma crescente população de guanacos e raposas do deserto (zorros), visíveis ao visitante, como na foro tirada pelo Edu. Se destaca a existência de uma colônia de pingüins Humbolt, além de uma colônia de leões marinhos. Do alto se pode ter uma impactante vista acantilada sobre a baía. Neste parque, se freta uma embarcação de algum pescador que lutou para permanecer em sua terra com a criação do parque, e dá-se a volta na ilha que é um santuário de pinguins, leões marinhos, focas (nutrias) e uma quantidade bastante grande de aves marinhas. Não é permitido descer na ilha, já que é considerado um patrimônio.











Após curtirmos o parque, seguimos em direção de Antofagasta, onde nos hospedamos no hotel Playa Sur em uma cabana tão à beira mar, que as ondas entravam por baixo da sacada da cabana. Maravilhoso!



11º dia: Antofagasta x San Pedro de Atacama = 302 km

Passamos uma noite reconfortante e no dia seguinte curtimos “aquela” piscina no hotel, fizemos nosso desayuno e seguimos em frente em direção a San Pedro de Atacama.

Ao chegar em Calama, resolvemos entrar na cidade para fazer umas compras para nossa janta do dia. “Não me lembro de ter visto uma cidade com tantos açougues na em tda a minha vida”. Enquanto procurávamos um mercado para fazer nossas compras, quase nos envolvemos em um incidente, visto que o Edu que sempre andava atrás, ao chegar em uma esquina, tentando manter o ritmo e não me perder de vista, não deu passagem aos pedestres que já tinham botado o pé na faixa de segurança. Nos salvou de ser linchados pelos locais, o fato de sermos “estrangeiros” e termos nos desculpado.





Após o “quase” incidente, fizemos as compras e rumamos para San Pedro, nosso destino final. Lá chegando fomos em busca de camping, já que os hotéis la se dividem em duas categorias somente: extremamente caros e os coletivos onde se dorme com mais 10 pessoas que nunca se viu na vida. Note-se que não foi falado em “barato”, já que a impressão que se tem é que pelo fato de haver muito turista europeu, os locais pensam que estão na europa e portanto podem praticar os preços abusivos que praticam, em tudo.

Como já explanado, tudo é caro e o camping não foge a regra, variando de US$ 4,00 a 6,00 por pessoa. Não obstante, exceto o camping “Oasis Alberto Terrazas” que tem 16ha e águas termais para banho, os demais são invariavelmente quintais de casas onde há uma poeira que se não fosse sua cor poderia facilmente ser confundida talco, tal sua fineza. Neste quintais, os proprietários constroem sanitários improvisados para servir ao camping.

Nos estabelecemos no camping Takha-takha na cidade de San Pedro e que é um desses campings com talco no quintal.

Preparamos um churrasco altas horas da noite. Como eu estava muito cansado, sobrou para o Edu a tarefa de fazer o assado.

Não é necessário dizer que fomos dormir muito tarde, o que somado aos campistas pouco convencionais que as 3:00h da manhã cantavam em rodas de violão, canções para nós desconhecidas, fez com que dormíssemos, no total, aproximadamente 2 horas, visto que tínhamos planejado visitar os geiseres del Tátio.





12º dia: San Pedro de Atacama x Geiseres del Tátio = 90 km

O Edu e a Magra, estavam muito cansados e portanto ficaram dormindo enquanto nós acrdamos por volta de 3:30h e nos dirigimos aos geiseres, que para se ter uma boa visão do espetáculo, deve-se sair de San Pedro, por volta das 4:00h para percorrer um trecho literalmente off-road. Após percorrer os 90 km que separam San Pedro dos geiseres, entendemos que valia a pena quase desmontar a bandeirante (tal a precariedade da estrada). A paisagem é incrível, em pleno mês de fevereiro, à 15° negativos, vendo os jatos de água termal de aproximadamente 30m de altura e a uma temperatura de aproximadamente 80°, que formam uma paisagem impressionante, pelo vapor que forma em contato com o frio do ambiente.

Após curtirmos esta maravilha da natureza, e sermos quase os últimos a decidir ir embora, pomo-nos a caminho de San Pedro, já preocupados com o caminho de volta. Como já era dia, descobrimos que, provavelmente, nós éramos os únicos que tinhamos utilizado a “estrada”, pois todos os demais, já conhecedores da região, trafegavam fora da “estrada”, onde o estado das trilhas eram exageradamente melhor do que o da estrada. Obviamente imitamos os locais e seguimos pelas trilhas laterais que acompanhavam a estrada, o que nos deu uma grande tranquilidade.